19 de jan. de 1999

Projetos

Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha

No dia 25 de julho de 1992, mulheres negras de setenta países participaram do I Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do caribe, na República Dominicana. Para traçar um marco de reflexão acerca das condições da mulher negra nestes continentes, debater temas relacionados ao racismo, sexismo, machismo, bem como outras importantes lutas e desigualdades a serem superadas, foi instituído o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha. Um marco de luta e resistência da mulher negra por oportunidades, visibilidade e lugar de fala.

O festival compreende uma semana de eventos contemplando várias manifestações culturais, bem como ações em educação e saúde da mulher negra. Uma oportunidade de consolidar, na capital do país o dia 25 e 31 de julho, promover algumas transformações nas relações de gênero e raça, valorizar e proporcionar auto-estima, além diminuir a vulnerabilidade da mulher negra por meio de capacitação, espaços de encontro e apresentações artísticas.

Trata-se de um festival com apresentações culturais, cineclube, palestras, feira de afro-negócios e campanhas de políticas públicas destinadas à mulher negra.

Em um país de dimensões continentais, é importante mostrar o número absoluto dessa porcentagem. As mulheres negras somam 46.477.902. A taxa de participação das mulheres negras no mercado de trabalho são as mais baixas, considerando dados desagregados por cor/raça e gênero. Já o percentual de mulheres negras envolvidas em trabalhos domésticos é quase o dobro do percentual de mulheres brancas na mesma situação. São 21,6% de mulheres negras, para 12,6% de mulheres brancas. Os dados mais chocantes referem-se à renda média, onde o contingente das mulheres negras distancia-se bastante das mulheres brancas e também dos homens negros, sem considerar os homens brancos, que estão consideravelmente à frente de todos os demais segmentos. A renda das mulheres negras é R$ 383,39; em seguida os homens negros têm renda média de R$ 583,25; as mulheres brancas, R$ 742,05; e os homens brancos, R$ 1.181,09.

Diante disso, o festival, para além de uma data comemorativa, propõe-se a constituir-se em ação afirmativa por empoderamento e melhores condições para as mulheres afrolatinas. Prevê a participação de mulheres não-negras e homens, a fim de ampliar a rede de luta pela igualdade de direitos, entendendo que esta luta é de todas e todos.

Latinidades, a Griô na TV Comunitária do DF

O programa Latinidades é uma casa cheia de cores, ritmos, sabores e idéias, onde as pessoas se encontram infalivelmente. Também um espaço para debate e circulação da produção cultural independente da América Latina. E, por que não, oportunidade pra mostrar quanta latinidade tem no sangue de brasileiras e brasileiros e alimentar, assim, o sentimento de pertencimento e identificação com a cultura do continente.

Salpicado de cores, culturas, ritmos e poesias é o continente latino-americano, ainda tão pouco conhecido pelos próprios integrantes. Que ritmos são populares na Argentina ou no Chile? Que comidas poderiam ser experimentadas na Guatemala? Qual o esporte tipicamente venezuelano? O que temos todos em comum? Qual o nível de reconhecimento latino-americano entre nós brasileiros?

Além de dar visibilidade ao mosaico cultural de diversidades que gritam pela América Latina, Latinidades levanta importantes debates sobre políticas públicas culturais, financiamentos, produção independente, circulação dos produtos culturais, visibilidade às iniciativas de cooperação cultural, entre outras questões.

Latinidades tem produção Griô (www.grio.art.br), apresentação Jaqueline Fernandes. Vinhetas e créditos Ignore Por Favor e Chaia Dechen e trilha sonora de Márcio Hofmann.

Todas as sextas-feiras, às 16h30 na TV Cidade Livre. Canal 8 da Net. Vcoê também pode acessar WWW.tvcomunitariadodf.com.br e assistir do seu computador.

Antena Cultural

Projeto realizado nas escolas como auxílio pedagógico voltado para estudantes do Distrito Federal e Entorno. Objetiva, a partir da discussão de questões do cotidiano periférico, interagir com @s jovens com temas que se relacionem com seu universo.

As oficinas são direcionadas à capacitação de jovens com os temas capoeira angola, artes plásticas, dança, literatura e música, além de produção independente de mídia, com a oficina de comunicação denominada “Periferia e Notícia”. Assim, o projeto cria diálogo com jovens e adolescentes em fase de escolarização por meio de atividades de capacitação e lazer que provocam interação, reflexão e ação na vida pessoal e escolar, considerando, assim, as vivências trazidas do cotidiano e as absorvidas na escola.

A proposta envolve tecnologia, educação, empreendedorismo, entretenimento e cultura, além de arrecadar alimentos não perecíveis que serão destinados à instituições/entidades que atendam jovens em situação de risco, nas periferias, agregando o projeto Djs Contra a Fome no encerramento das oficinas, como atividade lúdica e de solidariedade.

Conexões Griô

Circuito de palestras e festival de música realizado nas Regiões Administrativas do Distrito Federal e Entorno, em praças ou locais abertos, com apresentações culturais gratuitas.

Conexões Griô é voltado primordialmente ao público jovem, objetivando trazê-lo para arte em busca de auto-estima, engajamento social e saúde mental, como forma de contribuir para a diminuição da violência. É constituído a partir da idéia de fazer conexão com artistas independentes das periferias de todo o país, além de levar capacitação, formação e debate às/aos jovens das periferias do DF e Entorno.

Brasília é conhecida por constituir berço de grande mosaico cultural, sobretudo pelo resultado da fusão de influências diretamente relacionadas ao processo migratório que deu origem ao nascimento da capital. Diferentes manifestações e estilos musicais surgem diariamente pelas vinte e nove Regiões Administrativas do Distrito Federal. Esta diversidade hoje não muitas oportunidades de visibilidade e circulação, nos meios de comunicação, tampouco nos palcos brasileiros.

Existe, cada vez mais, a necessidade de abrir públicos e palcos para os artistas das periferias, sobretudo nas próprias periferias. E, claro, levá-las para o centro. A maior parte das RAs do DF é formada por periferias. Nelas está concentrada a população com menor renda, piores condições sociais e econômicas. É necessário levar a esse público acesso à produção artística.

A presente iniciativa pretende ser trampolim para a circulação da música produzida nas periferias e oferecer ao público a oportunidade de conhecer melhor o mosaico cultural de todas as cidades, incluindo outras regiões do país.

O intercâmbio e a identidade cultural entre as RAS necessitam ser fomentados para a criação de novos públicos consumidores da cultura do Distrito Federal e Entorno, dentro e fora da capital.

É grande a necessidade de criar mecanismos para promover o registro e a circulação da produção artística desenvolvida nas cidades do Distrito Federal de modo a promover, não só o acesso aos bens culturais que normalmente não estão em evidência, mas, o incentivo ao potencial criativo dos jovens das periferias de todo o Brasil.

Festival Acesso

No Distrito Federal a cultura hip hop chegou em meados de 1983. Desde então diversos grupos de break, grafite, DJ e mc emprestam sua arte às periferias, formando jovens com trabalhos sociais diversos.

Muitos dos grupos desses quatro elementos, break, DJ, MC e grafite roubaram a cena nacionalmente trazendo prêmios, reconhecimento e auto-estima para o distrito federal e entorno. É com o intuito de resgatar toda a história da cultura hip hop no DF e prestar-lhe homenagem nos cinqüenta anos de Brasília que o festival ACESSO surge.

Com a perspectiva de mostrar à população candanga que o hip hop é arte, movimento social, formação, capacitação, desenvolvimento humano, educação, saúde, sustentabilidade e auto-estima. O principal objetivo é realizar um encontro da cultura hip hop com apresentações gratuitas, exposição, cineclube, debates, oficinas de capacitação, palestras e apresentações culturais com entrada franca, no centro da capital. O Hip-Hop tem sido uma das principais ferramentas voz à juventude marginalizada com pequenas perspectivas de emprego e com acesso limitado à educação. Para grande parte dos jovens o hip-hop é uma sala de aula. Através do rap, eles aprenderam sobre seus heróis a luta contra a opressão e para muitos é aí que nesses jovens são introduzidos os conceitos de educação, democracia e cidadania.

Aqui, a palavra é a ferramenta de inclusão daquele que não tem acesso ao ensino oficial em uma sociedade regida pelos que dominam a palavra escrita, os chamados letrados. Onde a palavra oral perdeu o poder e os que detêm esse poder são os que sabem ler, são os que detêm a informação em uma sociedade desigual, em que muitas vezes estão em lados opostos letrados e iletrados. Ao tomar para si o poder da palavra pela oralidade em primeiro lugar, mas também pela escrita, o rapper, que em tese está do lado dos iletrados, reaviva o conceito de palavra nessa grande comunidade urbana e marginalizada formada pela periferia.

O Hip Hop do Distrito Federal tem se destacado nacionalmente. O grupo Atitude Feminina, por exemplo, foi premiado mais de uma vez com o premio Hutuz, o mais importante do gênero no Brasil. O grupo de break BSB-girls vem representando Brasília dentro e fora do país, assim como o grupo DF Zulu, pioneiro na capital. Aqui vimos nascer o primeiro selo de rap lançado por um MC no país, o primeiro DJ filho de maestro da história, a primeira MC mestra em educação incluindo a linguagem hip hop nas escolas, milhares de iniciativas pioneiras, reiventando o jeito de fazer hip hop. A cultura hip hop do DF destacou-se em todo o país por suas peculiaridades, pela reinvenção, o encontro com novas culturas, do velho com o novo, do jeito que a capital de cinqüenta anos agrega a cultura de quinhentos seja qual for o estilo. Por entender que a história de grupos como DF Zulu, Black Spin, BSB-Girls, Câmbio Negro, GOG, Dj Raffa, TDZ, Código penal. Cirurgia Moral, Viela 17, Vera Verônica, Nego Dé, Falso Sitema, Magrellos, tantos DJs, tantos MCs, tantos festivais, tantas histórias possam ser relembradas e contadas à novas gerações. História esta que corre o risco de perder-se.

Cine Conic

O projeto Cine Conic trata-se da montagem de uma estrutura de cinema itinerante no Setor de Diversões Sul de Brasília, o Conic, para mostras de audiovisuais com entrada mediante a participação de uma campanha de arrecadação alimentos e livros para doação.

A proposta é montar cinco dias de Cine Conic, sendo três destinados à Mostra de Cinema Negro e dois para o Festival de Vídeo-clipes Brasilienses.

A mostra de Cinema Negro tem como foco dar visibilidade à produção audiovisual nacional realizada por negras e negros. Já o Festival de Vídeo-clipes Brasilienses destina-se à circulação da produção fonográfica e audiovisual diretamente ligada ao mercado cultural da capital.

O projeto trata-se, ao mesmo tempo de uma ação afirmativa no que diz respeito à oportunidade de veiculação da produção nacional de cinema negro e, em relação à cadeia produtiva da música, um movimento de promoção e divulgação dos artistas locais. Em ambos casos buscando geração de renda e oportunidade de trabalho.

Cine Conic visa ampliar o acesso aos moradores das Regiões Administrativas do Distrito Federal ao cinema, uma vez que os preços praticados na capital são excludentes e que as principais salas são de difícil acesso para quem depende de transporte público. Para tanto, propõe-se garantir não somente seções de cinema com entrada franca no centro de Brasília, como garantir o transporte gratuito saindo das Regiões Administrativas para o Conic e do Conic para as regiões Administrativas, antes e após as seções. O Setor de Diversões Sul, Conic, localiza-se no centro de Brasília, ao lado da rodoviária que liga todas as regiões Administrativas do Distrito Federal, oferecendo fácil acesso ao público. A maior parte dos projetos Griô são executados neste local por constituir ponto central entre todas cidades do Distrito Federal e ainda por apoiarmos o Projeto de Revitalização do Centro de Brasília, idealizado pela ONG Marka.

Para apresentar seu material ser parceiro do Cine Conic, entre em contato conosco.

Produção Executiva/Artística Festival de Cultura Afro-Brasileira CaraECulturaNegra

O Projeto CaraECulturaNEGRA foi idealizado há cerca de 4 anos pelo Centro de Estudos para o Desenvolvimento da Cidade – MARKA - e pela Prefeitura Comunitária do Setor de Diversões Sul, e conta com a Lei de Incentivo à Cultura. A produção cultural do festival é realizada pela Griô Produções. Na edição 2007 passaram pelo palco do CaraeCulturaNegra atrações de diversos estados brasileiros e diferentes estilos musicais. Nomes como Babilak Bah (MG), Escurinho (PB), Z’África Brazil (SP), Anastácias (RS), Costa a Costa (CE), Ellen Oléria (DF), Atitude Feminina (DF), Congo Nya(DF) e Bongar (PE). Em 2009 cerce de quatro mil pessoas assistiram Pegada Black, Luciana Oliveira, Ellen Oléria e Sandra de Sá.

CaraECulturaNegra é um festival de cultura afro-brasileira que reúne exposições, palestras, visitas guiadas, mostras fotográficas, lançamento de livros, capacitação, debates, oficinas, apresentações musicais, teatro, dança, audiovisuais e artes plásticas.

Link do festival: WWW.caraeculturanegra.blogspot.com

Forum Radcal de Mídia e Juventude

Uma realização da Fundação Athos Bulcão com apoio da Unicef, o fórum foi realizado em sua primeira edição em 2009, levando jovens de todo o Distrito Federal para a discussão em torno da comunicação.

Participaram o jornalista Rafael Cortez, do programa CQC, da Rede Bandeirantes e a equipe do projeto Radialistas do Futuro. Também fez parte da programação oficinas de comunicação e arte e uma intervenção do Movimento Música para Baixar sobre cultura livre e direitos autorais.

A Griô Produções é responsável pela produção cultural do fórum que tem como pretensão uma edição anual e que possa ser ampliada para envolver outros estados brasieliros.

O fórum se caracteriza como uma oportunidade de participação, mobilização e encontro de jovens, grupos culturais, movimentos sociais e instituições que atuam na área de comunicação. Pensado e produzido por jovens e para jovens, o Fórum é um espaço aberto de diálogo, troca e consolidação de conhecimentos e equipamentos para a promoção de informação qualificada.

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