20 de jun. de 2010

Agora de 12 a 15 de agosto - Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha - Latinidades 2010



Foto: Alexandra Martins

A Griô Produções, em parceria com o Fórum de Mulheres Negras do DF e com a Universidade de Brasília, realizam mais uma edição do Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha, Latinidades, de 12 a 15 de agosto no Museu da República.

O festival é oportunidade para consolidar uma data muito importante para as mulheres negras: o Dia Internacional da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha, criado em 1992.

O tema do festival em 2010 é o Censo, sob o slogan: “Não deixe sua cor passar em branco” e em cada mesa do seminário será discutida a importância da auto-declaração para a formulação de políticas públicas voltadas para as mulheres negras.

O evento é uma ação afirmativa por empoderamento e melhores condições para as mulheres negras da América Latina e Caribe e, portanto, agrega embaixadas, movimentos sociais, instituições diversas, partidos políticos, Universidade de Brasília, Entidades Governamentais, Rede Afrolatina, entre outras parceiras. Em três dias latinidades apresenta seminários, apresentações culturais e uma feira afro.

Entre as artistas cotadas para a edição 2010 estão Thalma de Freitas, Nós Negras, Batalá, Dj Donna, além de grande roda de capoeira, discotecagem e apresentação de basquete de rua, proporcionada pela CUFA-DF.

Acompanhe as novidades aqui no blog da Griô!

Programação

12 de agosto – Cerimônia de Abertura. Tema: Censo 2010 “Não deixe sua cor passar em branco”.
13 de agosto – Seminário Mulheres na Política e Saúde da População Negra
14 de agosto – Seminário Mulheres na Educação e Mulheres na Cultura
15 de agosto – Apresentações culturais e feira afro

6 de jun. de 2010

Espetáculo de dança traz os sete dias de criação do texto bíblico Gênesis




Foto: Márcio Garapa


De 23 a 25 de junho o palco do Sesc de Taguatinga terá o espetáculo No Princípio, onde cada uma e cada um dos sete dançarinos envolvidos interpretará um dos dias da criação descrita no primeiro capítulo de Gênesis.

O projeto é intrigante e reúne formação, arte, produção e um processo no mínimo interessante com dança, audiovisual e artes digitais. Durante o espetáculo cada artista criador falará, por meio de gestos e expressões cênicas, de sua trajetória e credo como artistas dedicados à sua linguagem; metáfora ao desenvolvimento de suas carreiras na dança. Será exibido, ainda, documentário de Márcio Garapa produzindo em cima do espetáculo, além de projeções dos textos bíblicos pela artista computacional Suzete Venturelli.

No espetáculo estarão presentes os artistas Ana Macara, da Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa, Soraia Silva CDPDan,, Alexandre Nas, Laura Virgínia, CDPDan, Yara De Cunto, artista convidada de Brasília, Zou Mi, CDPDan e Sabrina Cunha, CDPDan.

A participação de cada artista convidado no espetáculo e no documentário terá o valor de um depoimento pessoal enquanto produtor e perseguidor da arte da dança. No dia 24 haverá uma palestra, logo após o espetáculo, com a participação dos intérpretes criadores e, principalmente, da artista convidada, a bailarina portuguesa Ana Macara, cuja experiência na dança é vasta não só na área da produção artística, como acadêmica. Com as palestras, espetáculos e mostras do documentário serão ampliadas as reflexões sobre a dança.

No Princípio é uma produção do Coletivo de Documentação e Pesquisa em Dança Eros Volúsia CDPDan, da Universidade de Brasília, com apoio do Fundo de Apoio à Cultura. Será apresentado de 23 a 25 de junho, sempre às 20h, no Teatro Sesc Paulo Autran, em Taguatinga. A entrada é 1kg de alimento não perecível que será destinado ao projeto Sesc Mesa Brasil.

Os sete dias...

Primeiro Dia
“No princípio, criou Deus os céus e a terra.
Disse Deus: Haja Luz; e houve luz.” (Gn 1: 1,3)
“Quando danço Deus gosta de criar formas e preencher os meus espaços vazios iluminando-os de vida” Soraia Silva

Segundo Dia: “Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez.” (Gn 1:7)
“O ar é o Espírito e separa a água celestial da água terrena. A dança é a expressão corporal que veio do Espírito.” Zou Mi

Terceiro Dia:“Que as águas que estão debaixo do céu se juntem num só lugar, e apareça o chão seco.” (Gn 1:9)
“O ser humano é um espaço de possibilidades entre a vida e a morte sobre a terra. A dança é expressão do ser humano nesse espaço e além.” Sabrina Cunha

Quarto Dia:“Haja luzeiros no firmamento dos cèus.” (Gn 1:14)
“A dança é a luz como aspiração- um caminho – uma referência- conduzindo para a plenitude do ser humano.” Yara de Cunto

Quinto Dia:“Criou, pois Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. “(Gn 1:21)
“Antes um animal – sou Ser humana animal – meu corpo DANÇA e multiplica minhas criações que são pequenas criaturas reais de Deus. ” Laura Virgínia

Sexto Dia:“E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face da terra; e toda árvore, em que há fruto que dê semente, servos-á para mantimento.” (Gn 1:29)
“Da idéia a conformação, dual e complementar, que se re-cria no movimento, disseminando a inspiração primordial...” Alexandre Nas

Sétimo Dia:“Abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.” (Gn 2:3)
“O início é o momento da geração, é o que nos empurra para o futuro, nos faz viver”. Ana Macara

Ficha Técnica No Princípio

Direção Geral: Soraia Silva
Assistente de Direção: Alexandre Nascimento
Intérpretes Criadores: Ana Macara, Alexandre Nas, Laura Virgínea, Sabrina Cunha, Soraia Silva, Yara De Cunto, Zou Mi.
Composição musical do espetáculo: Glauco Maciel
Produção do Vídeo Documentário “No Princípio”: Márcio Garapa
Assistente: Victor Nascimento
Cinegrafista: Jorge Pennington.
Animação Cenográfica (arte computacional): Suzete Venturelli
Fotografia: Ricardo Padue
Locução: Juçara Batichoti
Figurino: Flávia Amadeu
Luz: Carlos Eduardo Peukert
Divulgação: Bruno Lehx

Release dos/as artistas

Ana Macara


Doutora em dança pela Faculdade de Motricidade Humana (Lisboa/1994), mestre em dança pela University of North Carolina at Greensboro (1989). Atualmente é professora FMH (desde 1983). Trabalha como coordenadora do Mestrado em Performance Artística – Dança. Organizou em 2006 o seminário Internacional “Dança e Movimento Expressivo; em 2004 foi organizadora e moderadora da mesa redonda do “International Meeting: Dance as Cultural Object in Contemporary Society” no Fórum Municipal Romeu Correia. Almada; em 2004 foi membro da Comissão Científica do Seminário Nacional em Ciências do Desporto. Faculdade de Motricidade Humana, Lisboa Maio 2004; em 2004 recebeu o prêmio “Lawther Award for professional development” da University of North Carolina at Greensboro, USA. Entre outras publicações realizou em 2007 o livro Alma da Dança: Dilemas de Criação e Produção - 15 Anos de Quinzena de Dança de Almada. Almada: Companhia de Dança de Almada; em 1998 as Actas da Conferência Internacional Continentes em Movimento: Novas Tendências no Ensino da Dança. Lisboa: FMH Edições. Em 2004, e de novo em 2010 foi contratada pelo Ministério da Educação para elaboração dos programas de Dança para os primeiros 6 anos do Ensino Básico; dede 1992 é co-responsável pelo festival de Dança “Quinzena de Dança de Almada”; desde 1991 Coreógrafa convidada Consultora Artística da Companhia de Dança de Almada.

Alexandre Nas

Iniciou sua carreira de intérprete/pesquisador/criador, em 1990, junto a Cia Alaya Dança, participando de espetáculos como Ilusões (1992), Frevendo (1993), ...E Sonha Lobato (1996), Origem (1998), Primata Terra (2000), Máscaras (2001), Celebrare (2002), Matracar (2004). Desde então tem por objetivo a pesquisa e desenvolvimento de uma movimentação própria após estudos de coreologia (análise do movimento), coreografia e didática em dança educativa moderna no Laban Centre – London (1997/98). Através do Programa Virtuose-Bolsa Cultura, conferido pelo MinC, passou a interessar-se pelo cruzamento de linguagens de vídeo e dança e em 2000 concebe/coreografa/interpreta o solo “Memórias de uma imagem viva” que circula em São Paulo, Florianópolis, Uberlândia, Natal. Em 2003, estréia, em Brasília, o trabalho “Marte com S” em parceria com Júlio César Campos, sendo apresentado no CCBB-SP em 2006. Em 2006, estréia o espetáculo “Como você quer?” em parceria com a programadora de computadores e compositora Valéria Fajardo, convidado a integrar a programação do Festival Internacional da Nova Dança - Brasília (2006). Em 2007 Estréia o espetáculo “Água” em parceria com Lenora Lobo e com colaboração de Neuza Deconto. Atualmente integra o Programa de Pós-graduação em Artes da UnB, desenvolvendo pesquisa sobre vídeo-dança.

Laura Virgínia

Tem formação em: dança, teatro, música, artes visuais. Desde 1993, atua profissionalmente na área de dança como: bailarina, performer, coreógrafa, diretora, escritora, intérprete – de grupos e trabalhos independentes em apresentações solos ou grupos, em Brasília e no mundo. Fez especialização com professores da nova dança do Brasil e de diversos países (EUA, Holanda, Inglaterra, Espanha e França). Em 1998, iniciou a pesquisa "Ação da fala", fusão de dança e literatura que desde então resultou nos trabalhos: "Mergulho" - 1997; "A disciplina do amor" (1ª e 2ª edições 1998-2000); "Perto do coração selvagem" - 1999; "Pomba enamorada" - 1999; "A bela adormecida" - 1999; "Romeu e Julieta" - 2000; "My funny valentine" - 2004; "Pequenas criaturas" - 2005; o videodança "De água nem tão doce" e o videoarte "Segurar a mão de alguém foi tudo que eu esperei da alegria"- 2006 . Em, 2004 funda, dança e dirige o grupo Margaridas com os espetáculos "Plenas Mulheres" - 2004,"Campo de Flores" - 2005, "Tu não te Moves de Ti" - 2006 e "RAINHA" – 2007. Desde 2000, uniu-se a artista plástica Gisel Carriconde em trabalhos de intervenção urbana e na criação de vídeos artes e videodança - "Pela estrada afora eu vou bem sozinha", "Vitrais" e " A arte supranatural dos jardins". Integra, junto com o filósofo PhD Hilan Bensusan a "Flor de Insensatez”, grupo de pequena arte, com as performances: "Blitz Performance";"Rilke na Cozinha"; "Distúrbios nas Classes"; "Devotos Hereges"; "Morte da Cena"; 'Esses Homens de Cultura-showvinismo" e "Ocupa desocupado não-culpado". Em 2007 lançou seu primeiro livro de foto-escritos poéticos:"Buquê" pela editora "Esquina da Palavra" em Brasília e no Rio de Janeiro. É professora de alongamento consciente e dança contemporânea há dez anos , ministrando aulas em escolas públicas e privadas.

Sabrina Cunha

Graduação e Mestrado pela ECA/USP.Na Itália, país em que morou por 5 anos, trabalhou e aprendeu com pessoas de diferentes habilidades físicas e mentais junto à cooperativas sociais e através da Danceability; estudou Butoh com grandes mestres entre eles Yoshito Onõ e participou da Cia Jinen Group de Butoh de Atsushi Takenouchi. Fundou junto à dançarinos (norte-americano e europeu) a Escola de Dança e Movimento Spazio Nu e a Cia.Nu na cidade de Pontedera – Pisa/Itália. No ano de 2008 volta ao Brasil e foi professora no curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiânia nas disciplinas de performance e artes do corpo. Atualmente é doutranda no PPG-ARTE da UnB. A partir do aprendizado com a Danceability e Butoh, acredito na dança como um veículo de transcendência da vida cotidiana e na possibilidade do performer transparente, capaz de expressar as diferentes vidas que o ser humano carrega dentro de si: animais, água, morte, espírito, pedras, árvores e caminhos em constantes transformações.

Soraia Silva
Possui graduação em Dança pela Universidade Estadual de Campinas (1989), realizou o primeiro mestrado em dança no Brasil com apresentação de espetáculo e defesa pública no programa de mestrado em artes da Universidade Estadual de Campinas (1994); realizou o doutorado em Literatura comparada pela Universidade de Brasília (2003). Atualmente é professora da Universidade de Brasília e coordenadora do CDPDan. Entre outros trabalhos desenvolveu o espetáculo-tese Profetas em Movimento em versões solo e coletiva, Dança da Guerra do Povo Xavante (com a participação de 30 xavantes), Trilogia Poemadançando. Também tem sido colaboradora da área de dança da editora Perspectiva na coleção Stylus, é autora de Profetas em Movimento (Edusp, 2001) e Poemadançando Gilka Machado e Eros Volúsia (Edunb, 2007). Tem se preocupado com o fazer artístico da dança relacionado-a a outras linguagens artísticas e a uma reflexão estética documental.

Yara De Cunto

A experiência profissional deu-se através da dança e do teatro. Atuando como bailarina nas Cias: Ballet do IV Centenário (SP) – Museu de Arte Moderna (SP) - Ballet do Rio de Janeiro (RJ) – Cia Nina Verchinina (RJ), e no Teatro nas Cias:” Os Artistas Unidos “ com Henriette Morineau ,- Cia “Tônia - Celli - Autran” direção de Adolfo Celli, - Teatro Ipanema com Ivan de Albuquerque e Rubens Corrêa , além de incursões nas TVs: Tupi(RJ) , Record (SP.) e Rio (RJ) contracenando com atores e diretores como Fábio Sabag, Adolfo Celli, Zimbinski . Fundou o Corpo de Baile do Teatro Guaíra (PR), aonde atuou durante 6 anos, coordenando também a Escola de Dança deste teatro. Em Brasília lecionou durante 4 anos, no GEDUnB ( Grupo Experimental de Dança da UnB) criando neste Núcleo, sob sua direção o Grupo de dança “Asas e Eixos”, reconhecido como uma das primeiras Cias de dança contemporânea de Brasília.Representou o Brasil e Brasília, como palestrante, em Festivais de dança em Caracas, Assunção, Aruba, Bento Gonçalves e Goiânia e como coreógrafa no Grupo Ginasiano do Porto em Portugal, foi também convidada e participou do programa da USAID- Internacional Visitor Program, em Whashington, Ney York e São Francisco.Membro da Diretoria do Fórum Nacional de Dança ano 2005/2006.Organizou a pesquisa e publicação do livro “ A História Que Se Dança”- sobre os 46 anos de Dança de Brasília. Agraciada com a Ordem do Mérito Cultural em 2001.

Zou Mi

Possui graduação em Arte pela Escola de Artes da Universidade de Henan/ China (2006). Tem formação em canto, dança e música tradicional chinesa. Atualmente é pesquisadora do CDPDan, tem participado nas produções do coletivo como Dança da vida: Frenix Fremix IluminAções (2007), Dança UnB: Ver, Pensar, Mover (2008), Mexido de Dança (2009). Atualmente está realizando o mestrado no programa de pós-graduação em arte da UnB com pesquisa sobre a respiração na dança.
CDPDan – Coletivo de Documentação de Documentação e Pesquisa em Dança Eros Volúsia– CEN/IdA/UnB (ver: http://e-groups.unb.br/cdpdan/)

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